terça-feira, 1 de novembro de 2011

FERIDA ABERTA

Uma chaga aberta sangrando
Enquanto lágrimas vão se derramando
Insurge-se em qualquer momento
Banindo do instante o contentamento

Meu silêncio dolente denuncia
Na alma laivos da palavra inclemente
Que transfigura minha face doente

No peito uma lacuna aberta
Reside a dor que aperta
Como zagaia cravada que estanca
Da ferida o sangue que arranca

Não quero ser núncia da palavra corrosiva
Antes como lada das águas permissivas
Que permite transportar fragas do amor

Que meu viver em gestos libente
 Tão somente seja eu contente
Em gestos atitudes e palavras
Qual libélula minh’alma em haras

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