Uma chaga aberta sangrando
Enquanto lágrimas vão se derramando
Insurge-se em qualquer momento
Banindo do instante o contentamento
Meu silêncio dolente denuncia
Na alma laivos da palavra inclemente
Que transfigura minha face doente
No peito uma lacuna aberta
Reside a dor que aperta
Como zagaia cravada que estanca
Da ferida o sangue que arranca
Não quero ser núncia da palavra corrosiva
Antes como lada das águas permissivas
Que permite transportar fragas do amor
Que meu viver em gestos libente
Tão somente seja eu contente
Em gestos atitudes e palavras
Qual libélula minh’alma em haras
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