quarta-feira, 14 de março de 2012

TORRENTES ÁGUAS FÉRVIDAS

TORRENTES ÁGUAS FÉRVIDAS.

Soneto garimpado.

Em alvissareiro dia extasiante
Ávidas nuvens diluem-se sobre a terra,
Festejando um fervido calor tão escaldante,
Cai sobre os montes, vales, prado e serra.

Cristalinas águas se derramam a inundar,
Festeja a terra que absorve como dádiva,
Seu aroma a propagar-se invade o ar,
Em suavidade, as lembranças como seiva.

Águas cristalinas se aglomeram em chorrilho,
Em cascatas, como níveo véu se faz descer,
Rega a terra que produz dando seu filho. (fruto)

 Terra encharcada acolhe águas em seus lençóis,
Vem a bonança, suave brisa amor colher...
Da terra os frutos, flores, aromas e gira-sóis. 

domingo, 5 de fevereiro de 2012

          MERENCÓRIO

Meu coração, em ritmo de canção,
Trás a saudade e a lembrança,
Pensamentos que voam co’as gaivotas,
A saudade em suas asas, a levar-me em suas rotas...
Meu coração por entre as nuvens,
Esconde minhas divagações...
Quando o céu inda dourado ante o sol,
Refletindo no meu rosto a intenção,
O querer estar contigo,
Ainda em pensamento, no espraiar destes momentos...
Quando o azul, se pinta de escarlate,
Pra dizer que o sol está ameno,
E vai descendo num aceno...
A despedir-se pra um outro dia, clarear...
Quem sabe onde esse poente estará?
E o meu amor a nacarar,
Vai refletir, a lua serena, tranqüila;
E acalmar meu coração,
Na luz prateada do luar.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Fragmentos


No vitral dos teus olhos castanho,
As rosáceas refletiam teu amor,
Sobre a luz do sol bisonho,
Um roseiral, em mim se fez em flor...

No remansear das águas deste amor
Absorvi de ti, a paz em calmaria,
E no relvejar deste amor em flor,
Juntos campearmos em dias de alegria.

Quando se extenuar a luz dos olhos teu,
Os meus quiçá, no horizonte procurar-te,
A cada dia ao amanhecer, ou, quando entardecer...

Flama, por ti, eu, em novidade,
Nos momentos meus de criatividade,
És, interlúnio, eu, novilúnio em fugacidade...

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

BELEZA CREPUSCULAR


Ainda resta um sol poente...
Que adormeceu o dia na esperança,
Céu dourado ânsia premente,
Saudade conflagra tua ausência,
Neste jardim perfumado,
És beleza crepuscular
De coração singular,
De aroma imaculado,
Da vida bem informado...
Bardo, de cantar  espetacular.

PAIXÃO DO ENTARDECER


Quisera poder abraçar-te
E calar o pranto desta paixão...
Numa canção inebriante
Estonteado flameja meu coração.

Olho ao longe o horizonte...
Num espetáculo poente
Vejo o monte em flagrante
Numa fusão tão radiante.

No meu plúmbeo entardecer
No rorejar de minh’alma em dor
Dos olhos desta saudade amor

Como inibir esta paixão do sol se pôr,
Como fazer insanável o padecer?
Em meu corpo cada dia o languescer...

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

LETRAS EM DEVANEIO

LETRAS EM DEVANEIO - DUETO
ALTERTRIX  001:  RIMADA - AABAB - CAC - BDDB - EFE - FGGF.

MARGARETH DSLEITE.

Em segredo contou-me as letras                
Que em pranto chorava a saudade,            
A palavra intrigada e as outras                   
Não podiam entender, Que maldade!        

                    Bosco Esmeraldo, Por amor de Seu Filho sobretudo.

                    De cada letras, em gemido inconfidente,
                    Um segredo disse em voz imarcescível
                    Pois quis fazer as pazes o mais urgente
                    Em bondade bem disposta, incorruptível,

No meu silêncio gritante ecoava
Quando acorda os sentidos em claridade   
Resplandecer da luz que rutilava.               

                    Pude ouvir no silêncio ensurdecedor
                    Se faz sentido algum sonido  inaudível
                    Luzir sonoro, vácuo ensurdecedor.

Cativaste aos pouco esta flor
Foi quando então amizade chegou:            
Em pureza nasceu e cresceu...                   
E o perfume então se alastrou...                 

                    De modo tão singelo, subliminar
                    De mansinho, como quem não quer nada
                    Entrou devagarzinho, mente conquistada
                    Bem disposta a todo o mal eliminar.

E as letras em suave harmonia                   
Formavam e expressavam palavras,
De emoção, sintonia e alegria.                   

                    Com palavras suaves e perfumosas,
                    Fez brotar o amor, de modo liminar,
                    Fez brilhante a treva em gotas harmoniosas.

Minhas letras formam palavras...                
Que se torna vida e lavra                           
Em você eu garimpo as trovas...                
E com elas eu mostro às provas.
                                                                 
                    E, como de um simples nada Ele fez tudo,
                    Também, vera vida resgatou da morte,
                    Do repelente mal refez nossa sorte,
                    Mas, por amor de Seu Filho, sobretudo.