quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

BELEZA CREPUSCULAR


Ainda resta um sol poente...
Que adormeceu o dia na esperança,
Céu dourado ânsia premente,
Saudade conflagra tua ausência,
Neste jardim perfumado,
És beleza crepuscular
De coração singular,
De aroma imaculado,
Da vida bem informado...
Bardo, de cantar  espetacular.

PAIXÃO DO ENTARDECER


Quisera poder abraçar-te
E calar o pranto desta paixão...
Numa canção inebriante
Estonteado flameja meu coração.

Olho ao longe o horizonte...
Num espetáculo poente
Vejo o monte em flagrante
Numa fusão tão radiante.

No meu plúmbeo entardecer
No rorejar de minh’alma em dor
Dos olhos desta saudade amor

Como inibir esta paixão do sol se pôr,
Como fazer insanável o padecer?
Em meu corpo cada dia o languescer...

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

LETRAS EM DEVANEIO

LETRAS EM DEVANEIO - DUETO
ALTERTRIX  001:  RIMADA - AABAB - CAC - BDDB - EFE - FGGF.

MARGARETH DSLEITE.

Em segredo contou-me as letras                
Que em pranto chorava a saudade,            
A palavra intrigada e as outras                   
Não podiam entender, Que maldade!        

                    Bosco Esmeraldo, Por amor de Seu Filho sobretudo.

                    De cada letras, em gemido inconfidente,
                    Um segredo disse em voz imarcescível
                    Pois quis fazer as pazes o mais urgente
                    Em bondade bem disposta, incorruptível,

No meu silêncio gritante ecoava
Quando acorda os sentidos em claridade   
Resplandecer da luz que rutilava.               

                    Pude ouvir no silêncio ensurdecedor
                    Se faz sentido algum sonido  inaudível
                    Luzir sonoro, vácuo ensurdecedor.

Cativaste aos pouco esta flor
Foi quando então amizade chegou:            
Em pureza nasceu e cresceu...                   
E o perfume então se alastrou...                 

                    De modo tão singelo, subliminar
                    De mansinho, como quem não quer nada
                    Entrou devagarzinho, mente conquistada
                    Bem disposta a todo o mal eliminar.

E as letras em suave harmonia                   
Formavam e expressavam palavras,
De emoção, sintonia e alegria.                   

                    Com palavras suaves e perfumosas,
                    Fez brotar o amor, de modo liminar,
                    Fez brilhante a treva em gotas harmoniosas.

Minhas letras formam palavras...                
Que se torna vida e lavra                           
Em você eu garimpo as trovas...                
E com elas eu mostro às provas.
                                                                 
                    E, como de um simples nada Ele fez tudo,
                    Também, vera vida resgatou da morte,
                    Do repelente mal refez nossa sorte,
                    Mas, por amor de Seu Filho, sobretudo.


quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

LUAS DO AMOR


Insinuante, indolente afagou-me...
Numa leve doce carícia passageira
Sutilmente deixou-me arder em lume
Em meu corpo, pele sabor laranjeira...

Na constelação deste infinito corpo
Deste espaço nas alturas prazeroso
Vislumbrei luares iluminando porto
Em som inaudível, neste mundo miraculoso...

Tuas luminares ao meu olhar inatingível
Incandescia as órbitas dos meus sentidos...
Em translação do movimento imprescindível...
Eqüidistante em nosso espaço percorrido

Das carícias nos instantes colididos
Do prazer que transcorre em segundos...
Tua luz instantânea fez-me garrido
Incontido na imensidão do céu perdido

Vou as luas sempre que estou contigo...

SENHORITA PRIMAVERA


Partiram da estação
Deixando a prima sem ação
Vera triste adormeceu...
Acordou exalando cores
De aromas e odores
E vestida de multicores
Perfumando em toda parte
Colorindo com beleza
Entre tantos há grandeza
Quantas cores entranhadas
Os meus olhos encantados
Ficam assim maravilhados
Joaninhas coloridas
São os broches preferidos
Exibido entre as flores
Bicho-pau e louva-deus
Diferentes, mas são seus...
Igualmente encantadores
As lagartas coloridas
Nem assim são preferidas
Mas são belas e queridas
Hoje são repudiadas
Amanhã as mais amadas
Borboletas esvoaçadas.

sábado, 12 de novembro de 2011

 SOMOS QUAIS ÁRVORES

CORDEL – rimadas:  ABBACDDCCD

Tudo tem um porquê
Um tempo d’amanhecer
Necessário a prova ter
O importante saber pra que.
O processo é a duração
Pra se aprender a esperar
O tempo faz amadurecer,
Semeia-se a semente
Logo nasce de repente
Trazendo o fruto da sua era.

Das trevas procura a luz
Pra baixo cresce enraíza
Em cima não se pisa
No seu tempo então produz
Nasce o fruto do plantio
Resiste ao sol até geada
Desde quando semeada
Tem seus dias de espinho
Acolhe ninho de passarinho
Mesmo quando sacudida.

Toda árvore dá sombra
Mas, nem toda o fruto dá...
Sua sombra nos resguarda
O sabor do fruto lembra
Em delícia saboreia
Você cuida valoriza
E a bênção te rodeia
Outro ciclo e tu semeais
Toda árvore é riqueza

Assim a nossa vida
Desde que aqui chegamos
Nas provas nos lapidamos
Não temos sempre guarida
Por Deus somos forjados
Eu daqui você daí
Sempre junto Ele vai
E por Ele aprovados
Somos filhos amados
Ele conhece nosso ai.

Como árvores parecidos
Cumprimos o determinado
Temos frutos denominados
Por Ele instituído
Por vezes fazemos sombra
E no mais Ele permite
As provas têm seus limites
Seu amor nos lembra
Benção nunca é sobra!
Em Deus tudo é patente

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

A BENÇÃO DE TER AMIGO

Ter amigo é muito bom
Alegra e faz bem ao coração
É como uma boa canção
Afinada e de bom tom
Ser sincero e objetiva
Papo vai e papo vem
Nunca fazendo desdém
A confiança se cativa
Pois dessa não me priva
Ter amigo me convém

Na angústia nasce o irmão
E a fé na prova aumenta
O espírito alimenta
Suportando a provação
O murmúrio lança fora
E então por Jesus Cristo
No amigo eu invisto
A tristeza vai embora
Clamo a Deus esta é a hora
Sou vencedor e não desisto!

Ter amigo é uma benção
Quem encontra acha um tesouro
Vale mais que muito ouro
Meu cordel eu elogio
A você qu’é meu amigo
Sempre aqui muito Cortez
Cada um na sua vez
A Jesus eu peço as bênçãos
Pra vocês nessa intenção
Com toda minha sensatez.

“NÃO DEIS LUGAR AO DIABO”


           
           CORDEL

 “Não deis lugar ao diabo”
Ele é mesmo um intruso
Espeta mais que quiabo
É “amigo” que nem urso
Das cabeças de para-fuso
Ele usa até abusa
Em tudo ele mete a fuça
Ele sempre nos acusa
Ele é mesmo aterrador
Seu nome acusador

“Não deis lugar ao diabo”
Ele é o pai da mentira
Mesmo não sendo chamado
Pra todo lado ele atira
Até mesmo o pau no gato
No mundo ele milita
A verdade ele omite
E o bode então não pode
Parece leão que ruge
Se resistir ele foge.

Ele destrói os princípios
É o príncipe dos principados
Mas, não é emancipado...
No tempo determinado
Já está predestinado
Pagar por seu pecado
Por sua livre vontade
Cometeu iniqüidade
Não tem mais salvação
Pra ele só a condenação.

Mas Deus amou o mundo
E do fundo nos tirou
Jesus o preço pagou
Quando era ainda imundo
E hoje salvo estou
O mundo só tem abrolhos
E num piscar d’olhos
Voltará o Rei da glória
Faça a sua história
“Não deis lugar ao diabo”

terça-feira, 1 de novembro de 2011

RETRATO EMOLDURADO


(((CANZONETO)))


Emoldurado quis deixar o passado
Ignorando teu retrato intrigante
Olhando fixo, perplexo calado...
Em lembranças que esvoaçam o presente

Na mente um tempo iludente
De uma dor que abrange latente
Quando em choro, sufocado estridente...

O tempo é o senhor da razão
As lembranças, no entanto avalanche...
Toma espaço comanda constrange
No alvorecer do dia qual furação

Na brandura dos anos que fulgura
O retrato protegido se figura
Enquanto eu engelhado desfiguro

O retrato não condiz com teu recato
E o coração descaninho das desilusões
Tua estrutura contradiz o teu retrato
Em revoada dos sentimentos em conflagrações...

FERIDA ABERTA

Uma chaga aberta sangrando
Enquanto lágrimas vão se derramando
Insurge-se em qualquer momento
Banindo do instante o contentamento

Meu silêncio dolente denuncia
Na alma laivos da palavra inclemente
Que transfigura minha face doente

No peito uma lacuna aberta
Reside a dor que aperta
Como zagaia cravada que estanca
Da ferida o sangue que arranca

Não quero ser núncia da palavra corrosiva
Antes como lada das águas permissivas
Que permite transportar fragas do amor

Que meu viver em gestos libente
 Tão somente seja eu contente
Em gestos atitudes e palavras
Qual libélula minh’alma em haras

terça-feira, 25 de outubro de 2011

(((SOMOS PERFEITA POESIA)))

Na luz da perfeição brotou a flor
Que sorriu em beleza perfeitamente
O perfume exala seu amor...
Destila em gotas docemente

Este amor abrange o universo
Coroou-me como centro, e não reverso...
Seu perfume transborda-me em verso

Ecoa pelos séculos, Ele é o verbo...
Ressoa em mim sua voz, sou seu eco...
Seu perfume sou a essência, não nego...
Quando pleno, então transbordo...

Assim eu canto: Sou perfeita poesia
Vivo em ti, numa única sintonia...
No crepúsculo da vida, acordo em outro dia...

Vivo os dias em poesia
Sou a canção da criação
Vivo em inspiração
Em poesia, transbordo em alegria.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

CORDEL - AMO MEU AMADO, HOMEM DA MINHA MOCIDADE.

 (((AMO MEU AMADO, HOMEM DA MINHA MOCIDADE.)))


O vento levou o tempo

Nas asas da mocidade
Embora seja verdade
Verdeja a cor do campo
Brilha o fulgor no olhar
Há ainda fruto no pomar...
No vigor do tempo se renova
Essa estação não tem idade
AMO MEU AMADO,
HOMEM DA MINHA MOCIDADE

Filhos criados e amados
Ninho vazio, mas aquecido...
No jardim a flor embranquece
Colho os ramos me guarneço
Bons momentos não esqueço
Quando deito e adormeço
É outro dia recomeço
Mais um dia em novidade
AMO MEU AMADO
HOMEM DA MINHA MOCIDADE

Os anos se passaram
Não contamos mais o tempo
Mas, as bênçãos de uma vida...
Trinta e oito anos de lida
Muitas lutas e vitória
Essa é a nossa história
Temos de Cristo a felicidade
Vivenciamos tormentas, nunca calamidade...
AMO MEU AMADO
HOMEM DA MINHA MOCIDADE